domingo, 28 de março de 2010

o futuro contra-ataca


Um pequeno grande teatro, abriga bons atores
Finge tão bem cada passo, que o riso parece um choro
Estratégia imperceptível e uma missão cumprida
Martelou com pouca força e quebrou um coração de aço

Deixou murchar aquele bouquet
Para dar atenção à uma vida fútil de diversão
Pedindo demissão do seu emprego de arquiteta
Deixando desabar todos seus projetos em papéis

Honrou-se com fraqueza do guerreiro sem armadura
Testou o nível da sua capacidade com facilidade
Alimentou o seu ego, com as lágrimas de um papel
Ensaiando os atos que eram tiros na alma

Comemore com fogos seus objetivos cumpridos
Reze para que não volte e lhe caia como consequência o que causou
O pranto te espera sentado na saída do parque
Tome cuidado, o arrependimento pode se tornar uma praxe em sua vida

Nunca aceite o jardim que não vai regar
Nunca desvalorize o jardim que tens
Ficarás triste com as cores mortas
E não acharás lanternas no dia escuro

O ódio toma posse da mente vulnerável
A reação não oscila em aparecer
Controlando com os punhos os desejo de vingança
Acordando a calma do profundo ócio

Cabeça erguida e sorrisos limitados
Faz o guerreiro dar uma chance a sua coragem
Enxerga seus aliados que nunca lhe deram as costas
Pedindo a voz pra converter em músculos

É inevitável pisar nas minas
Como é inevitável não abrir automaticamente os olhos
E o eufórico rufo dos tambores
Dão o ponto de partida para um novo conflito

Dou um oi aos inimigos que me venceram
Cesso a guerra ignorando a revanche
Acreditando que irei escutar todas suas batalhas perdidas
E o arrependimento por não ter se aliado ao meu time

Um comentário:

  1. Fico muito, muito feliz, quando vejo que anda há vida inteligente por aí... Por aqui!
    Tentei escolher um trecho mais marcante pra comentar. Não dá pra escolher um.
    "O ódio toma posse da mente vulnerável".
    Menino gênio!
    Continue,sempre!

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