quarta-feira, 3 de março de 2010

fardo

Música: Explosions In The Sky - Your Hand In Mine



[#prontodesabafei]

Dia após dia, meu ânimo verdadeiro vai embora, dando espaço à uma felicidade fingida. Tentando me conformar com os fatos depois que vem a calma e a vontade de cortar um dedo por causa de cada atitude que foi feita sem pensar, fazendo com que eu morra de auto-degosto. Tolerância mínima pra uma sociedade grande e fútil, me aprisiona cada vez mais dentro do meu quarto. É tão legal conhecer tanta gente, é tão ruim quebrar a cara com tanta gente. Tive que optar em escolher a dedo em quem confiar e deu certo, o meu ciclo foi feito e me iludi com a perspectiva da corrente de ferro. Realmente a amizade é uma corrente tão forte, mas que se rompe a cada passo brusco cometido dentro dela. Eu simplesmente, fui o mentor de cada passo brusco, vi as pessoas que escolhi a dedo se afastarem por motivos óbvios.

- E aí, Rafa, tudo bem?

- Tranquilo e por aí?

Esse cotidiano monótono, nada está bem, mas tenho que cobrir minhas dores pra não ter que ficar tocando toda hora na ferida. A minha salvação são meus amigos - meu centro de felicidade, apoio, conselhos, tudo que é mais sagrado. Mas o meu jeito tão complexo e involuntário de ser, simplesmente, faz com que eu os perca. A mudança é uma coisa natural, mas cadê a minha mudança! Vou ter que simplesmente enxugar lágrimas internas a cada erro meu, achando que aprendi a lição pra evitar o mesmo tropeço e eu não aprendi nada. Sempre culpo meu estresse, essa coisa tão rápida, que aparece nos momentos mais errados, tirando meu lado certo de agir, me submetendo a cometer atrocidades e por mais que eu tente não culpar meu estresse que me transforma em um impulsivo, eu não tenho outra alternativa que seja o centro dos meus problemas, a não ser eu mesmo.
Sei também que não devo ficar me culpando de tudo, mas a questão é que eu realmente sou o culpado de tudo, eu vi meu monumento cair, eu vi minha vida comprar e morar num prédio de dores. As pessoas próximas, tentando me ajudar, tentando me confortar, e o que eu faço? Simplesmente, as expulso de forma indireta e me vejo mergulhar no mar do arrependimento. Nem tudo que cai se levanta, tenho que me conformar com essas coisas.
Eu só carrego o meu fardo, uma certeza é de que nunca vai acabar, só quero saber se um dia vai melhorar, não sei se daqui pra frente terei tanta força para tantas dores.

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