quarta-feira, 3 de março de 2010

o meu maior inimigo

Música: Cult of Luna - Finland



Em pouco tempo eu descobri que eu tenho um inimigo, e o pior é que esse inimigo nunca irá se afastar de mim, só um fato natural fará ele sumir...
Dentro dessa maldita guerra o meu inimigo é um espião, ele sabe cada passo que eu dou, sabe cada lugar que eu vou e sabe até o que eu irei fazer. Ele acaba criando uma forma de impedir meus ataques fragilizando minha defesa. Como eu sou tolo! Não sou forte o suficiente pra derrotar meu inimigo sozinho, eu tinha que criar um exército. Por sorte achei os soldados veteranos mais fortes que existia e meu exército foi formado. Cada um compartilhou entre si suas experiências, que foram acatadas como conhecimentos pelo grupo. Como ser derrotado com um time desses? Meu inimigo agora é uma formiga. Soldados veteranos reconhecidos pela extremidade das estratégias usadas em combate, com cicatrizes que provam a coragem e a hora de quase morte. Soldados sem medo, já viram e fizeram o bastante para se tornarem frios, era o que eu queria. O meu inimigo ia ser esmagado com o sopro de cada um.
Subestimei demais, o meu inimigo era espião, desde então. Ele já sabia de cada estratégia de cada aliado. Posicionaram-se os soldados, ouvidos atentos a cada galho podre esmagado pelos passos do inimigo. Mas eu tenho o maior exército. Moleza! Ouvi um tiro e um grito de dor! Já estava a comemorar, pegaram o inimigo. Mas não, não o pegaram, um dos meus soldados foi atingido e seu corpo virava pó. Droga, perdi um mas ainda tenho outros. Outro tiro, outro soldado, mais tiros, mais soldados. Cadê meu exército? Virou pó, todos eles foram eliminados, sobrei, o medo de saber que era o próximo me dominava cada vez mais. Esse inimigo era o pior de todos.
Meu coração quase parou quando eu o vi, aquele rosto...
Ele não queria me matar, ele queria conversar. Eu aceitei o seu pedido, mesmo conturbado com aquele rosto. Ele então disse:

- Não adianta fazer nada, nunca irei desaparecer, só vou sumir, quando você morrer, haha!

Ele não vai me matar, mas vai me deixar em tormento pelo resto da minha vida. Mas eu perguntei:

- Quem é você?

Ele deu um meio sorriso irônico, deu as costas e disse:

- Eu sou você!

Fazia sentido, aquele rosto que me deixou conturbado era o meu, parecia que eu me olhava em algum espelho, mas era eu. Ele só vai sumir quando eu morrer. Faz sentido, o meu inimigo era eu mesmo, o meu inimigo era minha mente.

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