terça-feira, 9 de março de 2010

um quase acidente de bungee jump

Música: Ray LaMontagne - Please


#argh, que monotonia aniquiladora!

Você pode até tentar imaginar, mas não vai saber a profundidade desse sentimento.

Você me espera lá embaixo de braços abertos, enquanto eu me preparo pra saltar de bungee jump. Não queria chegar perto de você, não te abraçar e voltar, eu queria me entregar, por isso cortei a corda de segurança que ia impedir meu desejo. O medo de não cair em seus braços e de virar papel ao se chocar com o chão era perceptível nas rugas da minha testa ou de você não ter forças para me segurar e acabar por fim, os dois virando papéis.
Pulei! A adrenalina assustava meu coração e o vento que causava o frio na barriga, parecia navalhas de plástico que tentavam me cortar, mas era só uma imaginação fértil causada pelo pânico. Me aproximava cada vez mais de você, que ainda continuava a me esperar de braços abertos, fechei os olhos e virei a cara, temendo o que poderia acontecer.
Algo estranho aconteceu, não me choquei com o chão e virei papel como eu previa, estava deitado em algodão. Levantei-me rápido tentando entender o que tava acontecendo, meu desespero se resultou em inquietação, até que escutei risos e algo me abraçado por trás. Era ela, ao mesmo tempo que senti seu abraço, meu desespero e inquietação foram embora.

- Eu te amo. disse ela.

O que tem essas palavras que faz com que eu sinta uma felicidade absurda, ficar lerdo e sem reação?! Mas não são só as palavras, a pessoa que as fala, também me deixa assim. Fico lerdo só com sua presença, imagina quando escuto essas palavras.

- Não preciso dizer também né? Você já sabe! disse eu.
- Não precisa, seu bobo. disse ela.

Realmente não precisava falar, minha reação já dizia tudo.

- Quero ficar ao seu lado. disse ela.

Eu fiquei em silêncio, pois ficar ao lado dela era a coisa que mais queria na vida. A euforia que me fazia tremer, me deixou também sem palavras, então eu a abracei com força e isso foi o bastante.

Mesmo sabendo que pode faltar peças ou a paciência dela se esgotar, vou dar o meu quebra-cabeça e vê-la remontar minha esperança e alegria.
O fim do abraço e era hora de partir, cada um pra sua casa.

- Posso te fazer um pedido? perguntei.
- Sim.
- Você poderia sair da minha cabeça pelo menos na hora que eu for dormir?! falei com um meio riso.

Ela sorriu sem jeito e me abraçou de novo, com mais força, e esse abraço que parecia ter voz e falava.

- Não quero sair daqui.

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