quinta-feira, 11 de março de 2010

stranger


Olho para o céu, vejo as aves negras, que estão prontas para me atacar, controladas por um estranho que grita em silêncio, escondido em seu manto de cabelo escuro. Olhe aquele rosto de dor, ele quer atacar o seu aliado - como sempre atacou em suas tentativas em que ele obteve sucesso - e deixá-lo a beira do caos com uma faca no pescoço. Esse estranho que vive voando em volta da minha cabeça, me observa na beira do caos, transformando meu medo em piada e rindo descontroladamente. Testando minha força, esperando que eu corte meu pescoço, pra ver minha cabeça cair no caos, onda ela ficará por um tempo até ele querer cessar o tormento, pra depois ele ir buscá-la, costurar outra vez no meu corpo e fazer seu jogo.
Tenho medo de caminhar, sempre que olho pro céu vejo as aves e sei que elas têm sede de atacar. Mas eu vou sair com um estilingue e tentar derrubá-las, uma por uma, sabendo que as aves são o escudo do estranho, e assim que eu acabar com o escudo, irei enfrentá-lo cara a cara.
Minha mira é boa, derrubei todas as aves, ainda abri os braços diante da chuva de penas negras que caiam.
Olha lá aquele estranho, voando feroz em minha direção, aderindo a vontade que tinham as aves. Eu não ia correr como ele pensava, eu fiquei parado no mesmo lugar e o encarei, fixei meus olhos no seu rosto sem pele e quando ele chegou perto de mim, simplesmente parou. Ele viu que eu fui preenchido de coragem e que o covarde era ele, que se aproveitava do meu medo para deleitar sua diversão e transformava minha fraqueza em pudim, no qual ele lambia até os dedos. Esse estranho não me atacou, parou na minha frente e sumiu quando percebeu que eu não o temia, mas pensando bem, será que era ele o meu medo?

2 comentários:

  1. o texto é brilhante, mas a sincronia título, foto e texto é realmente pertubadora.
    foda.

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  2. Eu concordo com a sicronia e pá, mas o texto tá ruim, diga!

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